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terça-feira, 4 de maio de 2010

A poesia

O que que uma tarefa de escola não nos leva a fazer.... Para Letícia levou a escrever uma poesia. Não sei qual o contexto, mas só sei que a professora de Lingua Portugesa II solicitou essa tarefa. Lelê me sondou e a Maurinete. Depois de conversa pra’qui, conversa pra’colá, ela, sob a orientação de Maurinete para aparar as arestas e orientá-la foi arredonando um texto, que deu no que vai aí abaixo.

Oh, Vida Cruel!

Tem que comer fruta
Tem que comer verdura
Não pode comer chocolate
Não pode beber refrigerante
Não pode comer batata frita,
Por que tem que se ser magra?
Ser magra é ser bonita?
E mais: tem que se dormir cedo
Para muito cedo acordar.
Não pode brincar na rua,
Então, o que posso eu?
Estudar...

É lógico que não é preciso ouvir o comentário de nenhum especialista em literatura pra se saber que Lelê não tem tendência para a poesia, não tem a menor chance para ser poetisa. O que vimos foi um desabafo, um protesto porque suas guloseimas não lhe chegam fácil, não saciam seu estômago infante, de prontidão para recepcionar o açucar e os salgadinhos.
Mas como pai, não posso deixar de registrar um afeto pelo seu desempenho, sua intenção válida. Não, nunca vai ser uma Cecília Meireles mas, pelo meno para mim, ela expressou o paladar dos quitutes da globalização, da gurizada fermentada pelos temperos mcdonaldenses, como Cora Coralina manifestou a gostosura dos quitutes do século passado nos fornos de lenhas de Goiás Velho. Lelê, no asfalto quente de Brasília, Cora Coralina nas pedras de ruas repletas de histórias e estórias temperadas por seu sabor literário.

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