Letícia disse que fica pasma com o vocabulário falado entre dois colegas de van escolar. Os dois falam o tempo inteiro gíria e o português truncado da internet. Pelo que ela falou só faltaria mesmo as ilustrações – carinhas com poucos traços expressando riso, tristeza, alegria... - dos diálogos da internet muito usado entre os internautas.
Se ela, que faz parte desse universo, fica admirada, imagine eu, que recebo os respingos dessa linguagem através dela mesma. Só não sei se essa rapaziada também se expressa por escrito dessa forma. Com certeza, não, pois seus professores não os aprovariam em suas redações.
Lelê: Eles falam assim, pai: “véi, cara, brother, tá ligado?, é isso aí, sujou, diz aí mano, mico, cara, caraca, sóóó!!!, belê?...
Já abreviaram a abreviatura de beleza – blz (bêlêzê) por bl (bêlê). Daqui a alguns dias teremos só o b (bê). Se é que já não é. Na realidade essa palavra vem se transformando desda da década de sessenta com o ‘paz e amor’ dos hippies quando expressavam um ‘beleza?’ com o já tradicional dedos indicador e médio abertos em v.
A linguagem cifrada dos jovens na internet é a extensão de sua linguagem oral no dia-a-dia. Ou o inverso é que é a verdade? Ou a junção das duas linguagens se confundem, ou se confluem.
Com a parafernália eletrônica em vigor, de celular comum e com câmera, e com internet, a língua pátria passa a ser a língua digital globalizada, onde ícones, sinais de pontuação, de matemática, com desenhos nítidos, simulados, conceituais, embalados em designers coloridos, animados e esteticamente sedutores, serão, tudo isso passado no liquidificador da gramática, da norma culta, desembocado e destabocado num novo esperanto.
Lelê tem razão de seu misto de admiração e perplexidade, porque sabemos que essa linguagem é a linguagem coloquial, maleável, preguiçosa, gostosa, que a galera conviverá com a lingua formal para sobreviver no desenrolar de suas futuras profissões. Isso quando eles já despirem as bermudas caídas mostrando as cuecas, calcinhas, cofrinhos e vestirem os ternos talhados de formalidades, derrotadores.
Se ela, que faz parte desse universo, fica admirada, imagine eu, que recebo os respingos dessa linguagem através dela mesma. Só não sei se essa rapaziada também se expressa por escrito dessa forma. Com certeza, não, pois seus professores não os aprovariam em suas redações.
Lelê: Eles falam assim, pai: “véi, cara, brother, tá ligado?, é isso aí, sujou, diz aí mano, mico, cara, caraca, sóóó!!!, belê?...
Já abreviaram a abreviatura de beleza – blz (bêlêzê) por bl (bêlê). Daqui a alguns dias teremos só o b (bê). Se é que já não é. Na realidade essa palavra vem se transformando desda da década de sessenta com o ‘paz e amor’ dos hippies quando expressavam um ‘beleza?’ com o já tradicional dedos indicador e médio abertos em v.
A linguagem cifrada dos jovens na internet é a extensão de sua linguagem oral no dia-a-dia. Ou o inverso é que é a verdade? Ou a junção das duas linguagens se confundem, ou se confluem.
Com a parafernália eletrônica em vigor, de celular comum e com câmera, e com internet, a língua pátria passa a ser a língua digital globalizada, onde ícones, sinais de pontuação, de matemática, com desenhos nítidos, simulados, conceituais, embalados em designers coloridos, animados e esteticamente sedutores, serão, tudo isso passado no liquidificador da gramática, da norma culta, desembocado e destabocado num novo esperanto.
Lelê tem razão de seu misto de admiração e perplexidade, porque sabemos que essa linguagem é a linguagem coloquial, maleável, preguiçosa, gostosa, que a galera conviverá com a lingua formal para sobreviver no desenrolar de suas futuras profissões. Isso quando eles já despirem as bermudas caídas mostrando as cuecas, calcinhas, cofrinhos e vestirem os ternos talhados de formalidades, derrotadores.
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