Não, num é prova não. Um texto de história de sete páginas, com ilustrações, para início de conversa. Lelê tinha que lê-lo para a aula de história de amanhã. Ela pediu para ler para mim. Cada um tem seu estilo de estudo. Por certo ela falando para alguém o entendimento para si é melhor. Então ouvi o texto “Por que o passado me interessa?”, uma compilação de introdução à história. Um dos itens de estudo era “o que faz um historiador”. Diz o texto que, para o historiador, mais importante que o acontecimento em si é saber por que o fato aconteceu, qual sua causa ou motivo e diz que o historiador trabalha com as perguntas básicas por quê? Como? Onde? Quando? Quem? E assim por diante. Cita como historiador nada mais, nada menos do que o Eric Hobsbawm. Depois que Lelê terminou a leitura do texto perguntei-lhe o que mais lhe chamou a atenção. De imediato ela falou que foi o fato de Hobsbawm ter nascido em 1917 e ainda estar vivo. Soltou um “Caracas!” do tamanho da distância de sua idade e a do historiador egípcio naturalizado inglês. Fomos fazer as contas e o Eric está com 91 anos, e, se não me engano, ainda continua dando aulas, o que aumentou mais ainda a perplexidade de Lelê. Pela a admiração de Lelê dá pra traduzir que o Eric Hobsbawm além de ser historiador ele é a própria história viva. Fazendo as contas, ele nasceu em plena revolução russa, 1917, passou pela segunda Guerra Mundial e de leve acompanhou via televisão, jornal, internet e rádio essas guerrinhas sujas que os Estados Unidos criou desde a década de 60 até hoje. Lógico que não adentrei esses detalhes pra Lelê, mas lhe chamou a atenção também, puxando o fato de Hobsbawm estar vivo, o Oscar Niemeyer também estar vivo, vivíssimo, com seus 101 anos. Aí é que Lelê foi ao delírio. Haja história que esses dois velhinhos geniais tem para contar.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário