Lelê retorna pra casa. Depois de uma semana com a irmã Ba e a tia Bel, ou seja, BaBel, tá chegando toda cheia de idiomas, toda prosa, toda cheia de si, flanando, porque férias é isso mesmo, a gente tem mesmo é que ficar com as pernas pro ar. Foi à psicopedagoga mostrar a tarefa que ela pediu: fazer numa folha de isopor seu scheduler, isto é, sua agenda de tarefas de seu dia-a-dia. A bichinha vai tem que entrar no esquema da responsa, pois tá deixando a desejar em muita coisa. Segundo a psicopedagoga isso vai ajudá-la a se embrenhar num universo mais organizado e deixando a “irresponsabilidade” de lado. O que ela tem que fazer, desde quando acorda até o fim do dia é mais ou menos isso: acordar, tirar o pijama, tomar café, escovar os dentes, arrumar sua cama, organizar suas coisas fora do lugar, tomar banho para escola, almoçar, ir pra escola, chegar da escola, rodar bicicleta ou brincar de qualquer outra coisa, tomar banho, jantar, fazer deveres escolares, ajudar papai/mamãe, ver televisão, fazer leitura (gibis, livros...), organizar seu material escolar, rezar, dormir. Não necessariamente nessa ordem essas tarefas devem ser feitas e outras que não constam aqui, como as de fim de semana. Já sei que, para algumas pessoas isso se configurará como enquadramento, para outras isso é organização, responsabilidade. Joguem os dados, a sorte está lançada, e o futuro de Lelê também.
23.7.08 - Quarta-feira
Conversa fora
Em torno de duas pizzas quentinhas, três cervejas geladinhas, um litro de coca-cola gelado, Ba, Bel, Lê, Du e Mauri - ah, que falta de um apelido para a frase ficar mais redonda – ficamos a jogar bate-papo no forno do fogão que esquentou as pizzas com as conversas requentadas e inesquecíveis das passagens da vida de Lelê – sabe aquelas situações que os pais falam: “ih, eu fiquei sem saber onde colocar a cabeça! - quando mais criança ainda. As mancadas de crianças não são mancadas, são situações em estado natural que os adultos artificializam por não descer à condição desse estado infantil. O grau de sinceridade da criança, como ficou demonstrado nas peripécias de Lelê, constrange no comportamento enquadrado do adulto, já formatado pela racionalidade. Constrange quando estamos diante de outras pessoas, é lógico, porque por via de regra o adulto fica tentado a dar um corretivo na criança, e esse corretivo é dado de acordo com o temperamento de cada um, com o nível de equilíbrio de cada pai, com a sensatez e a educação de cada pessoa Ih, não sei se me fiz entender, estou demasiado tecnicista, burocratizado na linguagem, ou até mesmo sem saber me explicar. Fui!
Em torno de duas pizzas quentinhas, três cervejas geladinhas, um litro de coca-cola gelado, Ba, Bel, Lê, Du e Mauri - ah, que falta de um apelido para a frase ficar mais redonda – ficamos a jogar bate-papo no forno do fogão que esquentou as pizzas com as conversas requentadas e inesquecíveis das passagens da vida de Lelê – sabe aquelas situações que os pais falam: “ih, eu fiquei sem saber onde colocar a cabeça! - quando mais criança ainda. As mancadas de crianças não são mancadas, são situações em estado natural que os adultos artificializam por não descer à condição desse estado infantil. O grau de sinceridade da criança, como ficou demonstrado nas peripécias de Lelê, constrange no comportamento enquadrado do adulto, já formatado pela racionalidade. Constrange quando estamos diante de outras pessoas, é lógico, porque por via de regra o adulto fica tentado a dar um corretivo na criança, e esse corretivo é dado de acordo com o temperamento de cada um, com o nível de equilíbrio de cada pai, com a sensatez e a educação de cada pessoa Ih, não sei se me fiz entender, estou demasiado tecnicista, burocratizado na linguagem, ou até mesmo sem saber me explicar. Fui!
Um comentário:
Vocês estão massacrando a pobre da menina! Eis a prova...Lelê não sabe, ainda, mas poderia entrar com um Habeas Corpus...
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