Lelê foi à penúltima sessão da psicopedagoga, acompanhada de Vanessa, sua irmã e Bel sua tia, e, pelo que observei, está havendo necessidade de uma melhor comunicação dos familiares de Lelê em Vitória e da gente daqui de Brasília via cartas. Pelo menos é o que nós conversamos – eu, Vanessa, Bel e Lelê, quando estávamos indo pra casa de outra tia de Lelê, Dê. A psicopedagoga aconselhou carta, para melhorar essa comunicação, e estou de conformidade com ela, porque sou um fã de carta no tempo dos e-mails e outros parangolés cibernéticos. E por que cartas? Simples: Lelê melhorará sua caligrafia, que não está legal, pratica redação, melhora sua coordenação motora, estimula a sua paciência em enviar e receber respostas das missivas. Sim, eu sei, e-mail é instantâneo, mas pra que Lelê tem pressa? Pra que essa aceleração do dia-a-dia com seus nove aninhos? Vanessa sugeriu de que pelo menos de quinze em quinze dias trocassem correspondências, o que achei ótimo. Há dois anos, quando Lelê veio morar com a gente, ela recebia e enviava cartas no maior entusiasmo, havia retorno das respostas de tias, primas, colegas e demais familiares. Houve um esfriamento não sei por que, ou se foi porque Lelê está se adaptando tão rápido ao ponto de ir se distanciando do universo de Vitória, e que eu não sei se isso é natural ou está acontecendo algo errado. É lógico que eu não estou esperando que nos aproximemos, nem de longe, do grau de missivista que foi o Otto Lara Resende, e muito menos sonhar em ter a produção de Mário de Andrade. Tô citando esses nomes porque eles foram expoentes epistolares e é bom pensar alto, mesmo que jamais os alcancemos. Em tempo: guardo todas as cartas recebidas de Lelê. Minha correspondência – cartas e posters - também guardo tudo que recebo.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
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