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segunda-feira, 21 de julho de 2008

Os brinquedos perguntam

Ontem fomos à casa de Dê, irmã de Maurinete. Lelê está lá, é uma chácara. Lelê estava entregue às delícias da roça, às delícias do mato. Brincando com cachorro, andando de carrocinha empurrada pela tia Bel, andando descalça na terra, se lambuzando na terra. Seu short estava pura terra. Correndo atrás de galinha, do gato, da bola, do tempo que passa rápido. Quarta-feira ela retornará saudosa das delícias da roça. À noite estava eu vendo o Fantástico com Maurinete, deitado no sofá, e a boneca de pano de Lelê estava ao meu lado. Percebi que ela não estava olhando para a tv, estava olhando para mim, com os olhos indagativos de um “oi, você sabe onde está Lelê? Há dias que não a vejo”. Sim, ela indagava com essa flexão verbal correta de “a vejo”. Não lhe respondi verbalmente porque senão Maurinete acharia que eu estava louco, mas também com meu olhar respondi-lhe que Lelê estava na casa de tia Dê e retornaria na próxima quarta-feira. Vi uma das bolas de Lelê no canto da sala, chorosa para ser chutada pelo pé pequeno de Lelê. Hoje vi a nina, a bicicleta de Lelê, escorada na parede do alpendre de casa, triste, pedindo por umas pedaladas de Lelê. Deu-me vontade de sair pela casa e falar a cada um dos brinquedos de Lelê que parassem com essa tristeza por Lelê porque ela já estaria de volta, para felicidade geral da nação, na próxima quarta-feira. Dá até título de filme: “Quarta, o retorno de Lelê”.

Um comentário:

Unknown disse...

Lelê retornou na quarta, a tempo de providenciar dois gols para um agônico Fluminense que perdia para o Vasco( ?!!! QUEM pode perder para este timeco do Vasco???) por 3 a 1. Cuidado com o que desejas...