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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cuidado p(fr)aterno

Lelê vai sozinha de bicicleta pro parquinho do condomínio brincar, e, automaticamente – só pode ser instinto paterno – a advertência é de imediato:
DD: Cuidado, filha, não aceite balinhas de ninguém muito menos chocolate – ponto fraco de qualquer criança, e mais ainda de Lelê - não aceite ir pra canto algum se lhe chamarem ou prometerem alguma coisa.
LL: Fique tranqüilo, pai, eu tenho um plano.
DD: Que plano?
LL: As férias. Não entendi nada de sua resposta.
DD: Pois com plano ou sem plano, fique de olho, bem atenta.
O parquinho é perto de casa, é tranqüilo, é seguro – supostamente – mas a neura nos tempos de hoje penso que já é natural para os pais. Principalmente a televisão, a imprensa vai tecendo no interior dos pais o espírito do medo, da insegurança, devido a violência do cotidiano repetida mil vezes nas manchetes dos jornais impressos, internet, televisão e o boca-a-boca das conversas informais da rua. Eu jamais iria pensar que fosse ficar preocupado, como outro pai qualquer quando visse seus filho(a) de nove anos, saindo sozinho pro parquinho próximo de casa. Sem perceber me enxergo exagerando nos cuidados, mas o ditado popular avisa que não adianta chorar depois do leite derramado. Falo sobre esse nível de preocupação porque vejo crianças na idade de Lelê saindo de sua escola e pegando o ônibus pra sua casa em uma cidade satélite nas cercanias de Brasília. Será relaxo ou segurança de si com os filhos? Ou eu tô exagerando na dose de preocupações? Isso será ruim pra mim e muito mais pra ela? Será excesso de zelo? Mas é bom ficar claro que não sou obsessivo.

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