●Ontem levei Lelê pros parquinhos daqui do condomínio. De manhã e a tardezinha. Fim de semana aparece bastante pais com seus pirralhos. Eu com minha guria e a sua inseparável bola do Fluminense brincamos de arremessá-la na cesta de basquete. Apareceu um guri (de uns seis anos – o pai estava na entrada do parquinho) perguntando se podia brincar.
DD: Claro. (Ficou brincando com Lelê).
Guri: É a bola do Fluminense?
DD: É, sim.
Guri: Eu não gosto do Fluminense. Eu torcia pelo São Paulo, ele perdeu e agora torço pelo Flamengo. (Depois emendou):
Guri: Eu estudo de manhã, mas eu queria estudar a tarde, aí vai dar tempo ver desenho e eu brincar com meu cachorro.
Guri: Quanto tá nosso jogo?
Lelê: Um a três.
Guri: Não é um a três, é três a um.
Lelê: Dá no mesmo.
Guri: Mas é mais fácil de falar.
●Apareceu o Felix, morador que conheci aqui no condomínio e seu filhinho.
Filhinho: Pai, vamos ver eu fazer uma cesta.
Felix: Pode ir, eu vejo daqui você fazer uma enterrada.
Filhinho: Você não acha que eu vou enterrar a bola no chão não, né? (Caímos na risada).
Descemos pro outro parquinho. Lelê brinca como se estivesse na praia (o parquinho tem areia de praia). Cobre as pernas de areia, brinca de fazer sorvete, se lambuza de areia, cai na areia como uma jogadora de vôlei. Esquece-se do mundo na areia. Levei um livro e fico lendo (O Pasquim: antologia I) e rio com umas passagens de uma fictícia entrevista de Jaguar com Sérgio Porto. Lelê me viu rindo e pergunta do que estou rindo e comento.
LL: Não, pai, não fala, lê pra mim.
DD: É melhor eu explicar pra você.
LL: É porque eu sou criança e criança não entende, né?
DD: Não, não é isso. Então tá, vou ler: “Aos 20 anos, Rosamundo teve o seu primeiro emprego no Ministério do Trabalho: oficial de gabinete do Ministro, emprego que durou apenas alguns meses, justamente o tempo em que o Ministro levou para aparecer pela primeira vez no gabinete. O Rosamundo, que nunca tinha visto S. Excia. ali, perguntou: ‘O senhor quer falar com o Ministro?’ O Ministro, para gozá-lo, respondeu que sim e o Rosa estrepou-se, ao fazer esta justa, mas distraída, observação: ‘Então o senhor trate de procurá-lo em casa, pois o Ministro é um vagabundo e nunca aparece aqui”.
LL: É muito legal esse “vagabundo!”.
Outra que Lelê pediu p’reu ler:
DD: “Calos Lacerda (governador do Rio de Janeiro) inaugurou a Adutora do Gandu e anunciou (isso em 1971) que não faltaria água no Rio de Janeiro até o ano 2000, e quando Rosamundo chegou em casa e abriu o chuveiro para um banho reparador, só caiu uma gotinha na cabeça dele e olhe lá. Na sua proverbial vaguidão, ele comentou: ‘Puxa! Como os anos passaram depressa’ “. Fomos embora pra casa (19:15h) e devoramos uma pizza das grandes que Maurinete trouxe da rua, depois que ela,Lelê, tomou aquele banho.
DD: Claro. (Ficou brincando com Lelê).
Guri: É a bola do Fluminense?
DD: É, sim.
Guri: Eu não gosto do Fluminense. Eu torcia pelo São Paulo, ele perdeu e agora torço pelo Flamengo. (Depois emendou):
Guri: Eu estudo de manhã, mas eu queria estudar a tarde, aí vai dar tempo ver desenho e eu brincar com meu cachorro.
Guri: Quanto tá nosso jogo?
Lelê: Um a três.
Guri: Não é um a três, é três a um.
Lelê: Dá no mesmo.
Guri: Mas é mais fácil de falar.
●Apareceu o Felix, morador que conheci aqui no condomínio e seu filhinho.
Filhinho: Pai, vamos ver eu fazer uma cesta.
Felix: Pode ir, eu vejo daqui você fazer uma enterrada.
Filhinho: Você não acha que eu vou enterrar a bola no chão não, né? (Caímos na risada).
Descemos pro outro parquinho. Lelê brinca como se estivesse na praia (o parquinho tem areia de praia). Cobre as pernas de areia, brinca de fazer sorvete, se lambuza de areia, cai na areia como uma jogadora de vôlei. Esquece-se do mundo na areia. Levei um livro e fico lendo (O Pasquim: antologia I) e rio com umas passagens de uma fictícia entrevista de Jaguar com Sérgio Porto. Lelê me viu rindo e pergunta do que estou rindo e comento.
LL: Não, pai, não fala, lê pra mim.
DD: É melhor eu explicar pra você.
LL: É porque eu sou criança e criança não entende, né?
DD: Não, não é isso. Então tá, vou ler: “Aos 20 anos, Rosamundo teve o seu primeiro emprego no Ministério do Trabalho: oficial de gabinete do Ministro, emprego que durou apenas alguns meses, justamente o tempo em que o Ministro levou para aparecer pela primeira vez no gabinete. O Rosamundo, que nunca tinha visto S. Excia. ali, perguntou: ‘O senhor quer falar com o Ministro?’ O Ministro, para gozá-lo, respondeu que sim e o Rosa estrepou-se, ao fazer esta justa, mas distraída, observação: ‘Então o senhor trate de procurá-lo em casa, pois o Ministro é um vagabundo e nunca aparece aqui”.
LL: É muito legal esse “vagabundo!”.
Outra que Lelê pediu p’reu ler:
DD: “Calos Lacerda (governador do Rio de Janeiro) inaugurou a Adutora do Gandu e anunciou (isso em 1971) que não faltaria água no Rio de Janeiro até o ano 2000, e quando Rosamundo chegou em casa e abriu o chuveiro para um banho reparador, só caiu uma gotinha na cabeça dele e olhe lá. Na sua proverbial vaguidão, ele comentou: ‘Puxa! Como os anos passaram depressa’ “. Fomos embora pra casa (19:15h) e devoramos uma pizza das grandes que Maurinete trouxe da rua, depois que ela,Lelê, tomou aquele banho.
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