Fomos ver o filme de meu conterrâneo paraibano Wladimir Carvalho, Rock Brasília – Era de Ouro. Eu, Maurinete e Lelê. Já vamos começar a colocar Lelê no circuito de filmes recomendados acima de doze anos.
Sai aquela garotinha curiosa pelos personagens do teatrinho do Lea e Nando, companhia famosa de Brasília para o publico infantil, e entra a pré-adolescente para os filmes já mais densos, roteiros mais exigentes de análises com a idade da razão, mesmo eu não sabendo muito bem o que é esse “idade da razão”. Não vou conjecturar aqui o peso dessa palavra, porque não tenho razão para tal..
Saímos sedentos para vermos o filme e, que merda!, A fita acabara de sair de cartaz. Droga! Ficamos chupando dedo e fomos pra casa de minha mãe. Resta-nos comprar o dvd, se for comercializado.
Queria eu tanto que Lelê visse esse filme para ela perceber a efervescência de uma juventude rebelde, militante, criativa na música, e saber que Brasília já teve momentos de insurgência.
O filme destacou o Badernaço, momento político em que Brasília ferveu às ultimas consequências, em que a Rodoviária, hoje chamada de “antiga rodoviária”, pegou literalmente fogo. Não sobrou nem pros carros da polícia, todos queimados pela turba de jovens vindos enxotados pela polícia da esplanada.
Queria falar pra Lelê que eu era um daqueles manifestantes que atravessou aquelas chamas, aquele fumacê, jogando pau e pedra contra a polícia e fazendo a maior arruaça. O clima estava propicio, não havia como não se manifestar quem ali estivesse presente.
Queria eu falar pra Lelê que eu não estava presente a outro badernaço que chamou a atenção do Brasil inteiro, o show da Legião Urbana no estádio Mané Garrincha, porque eu estava ressacado de botecos e altas conversas com amigos de discussões políticas.
Esse fllme, tenho certeza, Lelê verá, mais cedo ou mais tarde, porque ele é a história da ebulição de uma juventude brasiliense criativa, cheia de vitalidade e com consciência política. Direi a ela que essa juventude, é verdade, era uma juventude da classe média, bem de vida, filhos de funcionários bem remunerados e que primavam pela intelectualidade. A UnB foi um celeiro que emanava eflúvios de inquietação.
Por coincidência estou colecionando a edição completa da obra da Legião Urbana que está saindo agora nas bancas de jornais, e os dois primeiros volumes são muito bons. Sempre que estou ouvindo-os no carro, e Lelê está comigo, falo pra ela escolher uma música pra gente curtir. Ela sempre escolhe E e M, ou seja, Eduardo e Mônica. Eu falo que é E e M, ou seja, Eduardo e Maurinete, e ela ri com o canto da boca.
Sai aquela garotinha curiosa pelos personagens do teatrinho do Lea e Nando, companhia famosa de Brasília para o publico infantil, e entra a pré-adolescente para os filmes já mais densos, roteiros mais exigentes de análises com a idade da razão, mesmo eu não sabendo muito bem o que é esse “idade da razão”. Não vou conjecturar aqui o peso dessa palavra, porque não tenho razão para tal..
Saímos sedentos para vermos o filme e, que merda!, A fita acabara de sair de cartaz. Droga! Ficamos chupando dedo e fomos pra casa de minha mãe. Resta-nos comprar o dvd, se for comercializado.
Queria eu tanto que Lelê visse esse filme para ela perceber a efervescência de uma juventude rebelde, militante, criativa na música, e saber que Brasília já teve momentos de insurgência.
O filme destacou o Badernaço, momento político em que Brasília ferveu às ultimas consequências, em que a Rodoviária, hoje chamada de “antiga rodoviária”, pegou literalmente fogo. Não sobrou nem pros carros da polícia, todos queimados pela turba de jovens vindos enxotados pela polícia da esplanada.
Queria falar pra Lelê que eu era um daqueles manifestantes que atravessou aquelas chamas, aquele fumacê, jogando pau e pedra contra a polícia e fazendo a maior arruaça. O clima estava propicio, não havia como não se manifestar quem ali estivesse presente.
Queria eu falar pra Lelê que eu não estava presente a outro badernaço que chamou a atenção do Brasil inteiro, o show da Legião Urbana no estádio Mané Garrincha, porque eu estava ressacado de botecos e altas conversas com amigos de discussões políticas.
Esse fllme, tenho certeza, Lelê verá, mais cedo ou mais tarde, porque ele é a história da ebulição de uma juventude brasiliense criativa, cheia de vitalidade e com consciência política. Direi a ela que essa juventude, é verdade, era uma juventude da classe média, bem de vida, filhos de funcionários bem remunerados e que primavam pela intelectualidade. A UnB foi um celeiro que emanava eflúvios de inquietação.
Por coincidência estou colecionando a edição completa da obra da Legião Urbana que está saindo agora nas bancas de jornais, e os dois primeiros volumes são muito bons. Sempre que estou ouvindo-os no carro, e Lelê está comigo, falo pra ela escolher uma música pra gente curtir. Ela sempre escolhe E e M, ou seja, Eduardo e Mônica. Eu falo que é E e M, ou seja, Eduardo e Maurinete, e ela ri com o canto da boca.
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