Lelê foi pra biblioteca do trabalho de sua mãe, ia encontrar com uma amiga para fazer um trabalho da disciplina artes. Hoje não tem aulas pra ela, devido ao feriadão de quinze de novembro que assola Brasília.
O trabalho consiste em fazer um fanzine. Só sei que é um fanzine. A temática, não sei. Sabemos que esse tipo de comunicação foi um grande sucesso nas décadas de setenta/oitenta. A juventude era craque para isso.
Acho importante que o Colégio de Lelê lhe atribua essa tarefa, mas mais importante ainda seria se Lelê e galera tivessem tido a iniciativa de fazer esse fanzine sem o colégio ter pedido. Soaria mais autêntico, mais instigante, e com a possibilidade de ter a cara da rebeldia, característica de fanzines e de quem geralmente os produz.
Não sei se a pedagogia do colégio de Lelê primou por habilidades manuais (recortar jornais e revistas, colar, diagramar, colorir...) ou não percebeu que hoje o fanzine está a mil quilômetros de velocidade com o advento da internet.
Ao invés de tesoura, cola, régua, lápis de cor, pincel atômico, papel colorido, grampeador, hoje existe as ferramentas chamadas de mouse, control cê e control vê e fartura de material no vasto mundo digital, para todos os gostos, para todos os segmentos.
Ao invés de colocar a criatividade em papel, hoje em dia se constrói blogues em três passos simples. É mais bonito e atinge um número de leitores demasiado e se acessa de qualquer lugar. É dinâmico em sua conjugação de aceitar fotos, textos e imagens. Tudo colorido e com mil efeitos.
A não ser que este fanzine caseiro seja exatamente para radicalizar e mostrar que o autêntico mesmo é não entrar nas ondas cibernéticas. Que o importante é ser diferente com o agora não mais tradicional fanzine impresso.
Pra Lelê, isso de impresso ou digital, não é problema. Aprecia tanto um como o outro. Gosta de ficar cortando papel e enfeitando suas cartas pras amigas, e recebendo broncas minhas e de Maurinete porque deixa tudo bagunçado, com papéis recortados e picados pelo chão, tubo de cola aberto derramando, tesoura aqui, canetas e lápis acolá, e sua escrivaninha em zorra total.
A tecnologia, pra Lelê, pode ser avançada, como um tablet, que ainda não tem, ou recuada, como um radinho à pilha. Isso mesmo. Descobriu um radinho a pilha que tenho e agora só vive com o bicho ouvindo as rádios.
Só não perde, em termos de tecnologia atrasada, pra Ziraldo, que tem horror a computador e possui oito máquinas elétricas de datilografia. E por quê oito? Disse ele que é porque não existe mais oficinas de conserto para essas máquinas. Vi o Zira falar isso numa entrevista no programa do Jô Soares.
Espero ver o resultado desse fanzine de Lelê e amigas.
Acho importante que o Colégio de Lelê lhe atribua essa tarefa, mas mais importante ainda seria se Lelê e galera tivessem tido a iniciativa de fazer esse fanzine sem o colégio ter pedido. Soaria mais autêntico, mais instigante, e com a possibilidade de ter a cara da rebeldia, característica de fanzines e de quem geralmente os produz.
Não sei se a pedagogia do colégio de Lelê primou por habilidades manuais (recortar jornais e revistas, colar, diagramar, colorir...) ou não percebeu que hoje o fanzine está a mil quilômetros de velocidade com o advento da internet.
Ao invés de tesoura, cola, régua, lápis de cor, pincel atômico, papel colorido, grampeador, hoje existe as ferramentas chamadas de mouse, control cê e control vê e fartura de material no vasto mundo digital, para todos os gostos, para todos os segmentos.
Ao invés de colocar a criatividade em papel, hoje em dia se constrói blogues em três passos simples. É mais bonito e atinge um número de leitores demasiado e se acessa de qualquer lugar. É dinâmico em sua conjugação de aceitar fotos, textos e imagens. Tudo colorido e com mil efeitos.
A não ser que este fanzine caseiro seja exatamente para radicalizar e mostrar que o autêntico mesmo é não entrar nas ondas cibernéticas. Que o importante é ser diferente com o agora não mais tradicional fanzine impresso.
Pra Lelê, isso de impresso ou digital, não é problema. Aprecia tanto um como o outro. Gosta de ficar cortando papel e enfeitando suas cartas pras amigas, e recebendo broncas minhas e de Maurinete porque deixa tudo bagunçado, com papéis recortados e picados pelo chão, tubo de cola aberto derramando, tesoura aqui, canetas e lápis acolá, e sua escrivaninha em zorra total.
A tecnologia, pra Lelê, pode ser avançada, como um tablet, que ainda não tem, ou recuada, como um radinho à pilha. Isso mesmo. Descobriu um radinho a pilha que tenho e agora só vive com o bicho ouvindo as rádios.
Só não perde, em termos de tecnologia atrasada, pra Ziraldo, que tem horror a computador e possui oito máquinas elétricas de datilografia. E por quê oito? Disse ele que é porque não existe mais oficinas de conserto para essas máquinas. Vi o Zira falar isso numa entrevista no programa do Jô Soares.
Espero ver o resultado desse fanzine de Lelê e amigas.
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