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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Teatro

Domingo passado fomos ao teatro. Eu, Lelê e Mauri. Era uma peça que já havíamos visto no início deste ano. Trata-se da peça Momentos, apresentada por um grupo de estudantes da escola de Letícia, ou seja, colegas de seu colégio. A temática é a aids, e, por isso, acredito que ela teria mais repercurssão se seu nome tivesse alguma vinculação com o nome aids. Chamaria mais atenção e teria, consequentemente, mais público. Essa apresentação foi no teatro de bolso de uma escola, e, por isso, Lelê não gostou tanto como pela primeira vez. Fiz-lhe ver que nessa nova montagem o espaço era pequeníssimo e daí os atores não tinham muito ambiente para se movimentarem, falavam baixo, e tiveram que reestruturar algumas cenas. Por outro lado os atores estavam mais próximos da platéia. Mesmo essas argumentações não fizeram demovê-la de que a primeira apresentação em localidade maior foi muito melhor. Mas mesmo assim não duvido de que no próximo fim de semana ela queira ver novamente essa espetáculo, mas eu e Maurinete não vamos cair em sua armadilha da obsessão. Sim, é obsessão. Quando ela se apaixona por um filme, por uma peça teatral, por um cd, por um dvd... ela irá vê-lo, ouvi-lo à exaustão. Ela é, nesse sentido, como diria o grande dramaturgo Nelson Rodrigues, uma flor da obsessão. O próprio Nelson se achava obsessivo em suas repetições. Mas isso eu já escrevi há muito tempo aí atrás.
Quando Lelê era menorzinha frequentávamos mais o teatro. O teatro infantil. A Escola Parque é testemunha de que não perdíamos uma apresentação teatral, principalmente do grupo Néia e Nando, grupo famoso daqui de Brasília especializado em teatro para a gurizada. Mas a vontade mesmo é que ela cresça mais para assistirmos teatro mais adulto, só assim eu e Maurinete voltaremos a frequentar melhor o teatro, uma das grandes paixões artísticas nossa.
Caramba, agora me lembrei de que estou devendo o texto, em livro, da peça Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, para Lelê ler – percebi o cacófato. É que ela, e eu também, perdemos as contas de quantas vezes ela já viu o filme homônimo na versão de Guel Arraes e também a versão de Renato Aragão. De longe ela prefere a versão de Guel Arraes.
É verdade que a avalanche de deveres, provas, testes e trabalhos escolares de Lelê está tirando a nossa frequência ao teatro.

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