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sábado, 10 de abril de 2010

Ao léu

Sobre a escrivaninha da biblioteca está o livro O Reacionário, de Nelson Rodriguues, que leio todo dia um pouco antes de dormir; sobre a cama de Lelê está o livro Diário da Julieta, de Ziraldo, que ela está relendo e já perdi a conta; no sofá da sala lá de baixo está Médico de Homens e de Almas, de Taylor Caldwell, uqe Maurinete está terminando de ler; na cabeceira de minha cama estão gibis do Menino Maluquinho; numa mesinha ao lado da cama de Lele mais gibis do Menino Maluquinho; no aparador da sala lá de baixo, mais gibis; o livro Internet – e não sei mais o que que é o subtítulo - que Lelê trouxe da escola para ler e fazer um trabalho está no sofá do home; o livro Garoto linha dura, de Stanislaw Ponte Preta – Sérgio Porto - está lá na cama do quarto de empregada, onde está a esteira e que leio quando estou andando nela; algumas revistas Veja estão no sofá da sala; pacotes de recortes de jornais que meu amigo Alcindo manda de São Paulo pra eu ler, estão sobre um balcão contíguo a escrivaninha da biblioteca...
Em qualquer lugar da casa ou qualquer móvel há um livro, um gibi, uma revista. Nem eu nem Maurinete nos importamos com isso, mas quer ver Maurinete ou eu darmos bronca na Lelê, é quando ela começa a relaxar e deixa seus tênis na sala do home largados com meias sujas ao lado; a mochila da escola, aberta, jogada bem no meio de alguma porta – tanto espaço a casa tem mas ela só deixa bem no meio de uma porta qualquer -, a roupa que ela tirou após o banho e que vai ser lavada, despresada num canto de parede do banheiro – não era mais fácil colocar já na roupa suja? Uma caneta ali no chão da sala, um lápis sobre a bancada da cozinha; uma borracha que ela usou há pouco largada no pé de parede – não pega nem com reza braba - e depois fica louca procurando-a; o sabonete as vezes jogado no chão do banheiro; a toalha molhada sobre a cama; a pasta de dente aberta e derramando; o cd esquecido no aparelho dvd... Em síntese, sempre há alguma coisa largada convidando pra gente dá uma bronca de graça nela. Mas será que isso não é o mal de todo jovem? Eu quando era criança, não era assim? Existe algum juvenil que não seja assim? Ah, sabe de uma coisa, assim é que caminha a humanidade jovem. Eles desarrumam e os pais dão bronca. É pra isso que existe jovem e existe pais. A guerra da arrumação

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