Ontem na aula de Kumon, uma menininha se dizia que estava cansada e não queria mais fazer a resolução dos deveres de matemática. A professora tentou convencê-la a ter ânimo, que era natural uma criança como ela passar por essa fase de desânimo, mas era preciso reagir a essa preguiça. A menina falou em tom baixo de que iria quebrar o braço, e a professora e os demais presentes olharam para a guria por ter falado isso, e, de imediato ela se corrigiu dizendo que isso era o que ela tinha sonhado. Se os pais dessa garota tivesse ouvido ela falar esse seu desejo, por certo perguntariam: “ onde foi que erramos?”. Vou torcer para que Lelê não queira entrar nessa, e, se ela não entrar, e gostar de verdade do kumon, eu e Maurinete iremos nos perguntar: “onde foi que acertamos?”. Não quero tirar conclusão alguma, mas me provoca o questionamento se certos pais gostam de crianças. Será que é comum os pais afirmarem “eu gosto de crianças!”. Sim, eu acho que essa é uma afirmação corriqueira, no entanto é preciso estarmos atentos para sabermos se é comum, e, vou logo adiantando, acho que não, as crianças afirmarem “eu gosto de adultos!”. Não, eu nunca vi uma criança dizer: “eu adoro adultos!”. Possa ser que tenha alguma criança fora de série para fazer uma afirmação dessas de forma espontânea. Fico até imaginando uma criança pegar o rosto de um adulto qualquer e segurar na ponta dos dedos as bochechas desse adulto e falar dengosamente: “ai, meu deus, como eu amo esse fofuchinho da/o mamãe/papai!”. Que tal observarmos isso.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
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