Depois da aula de Kumon fomos ao supermercado comprar couve. Um real e trinta centavos. Olhei em minha carteira e não havia uma alma sequer de um centavo. Olho pra Lelê: “Você não tem nada aí?”. Ela pega sua carteira recém ganha em seu aniversário e tinha lá dois reais – que eu havia colocado para inaugurá-la -, o que evitaria eu ter que pagar no cartão os um real e trinta centavos. Ela ficou toda contente porque me socorreu. As Bolsas de Valores do mundo inteiro numa pindaíba danada e a bolsa de Lelê alimentando a produção do cinturão de verde de Brasília. A queda do dólar, a subida do dólar, a queda do dólar, a subida do dólar em nada afetou a bolsa de valores de dois reais de Lelê. É claro que a questão cambial na dívida ativa do papai, reflete no sistema financeiro displicente caseiro na boca do caixa dos supermercados, tendo em vista que os Bancos Centrais principais europeus socorreram a jogada sistêmica norte-americana. Como não fui à bocarra do caixa eletrônico sacar papéis cambiais em moeda nacional, o panorama econômico familiar provocou à desaceleração econômica da padaria próxima daqui de casa, quando fui comprar pão e a minha Bolsa de Down Jones estava down. Recorri, mais uma vez, a empréstimos não dolares com a semi tranqüilidade dos papéis da Bovespa de Lelê e obtive recursos na ordem de um real e noventa centavos, a preços do barril de centeio. Segundo analistas econômicos da The Economist, se perdurar por mais um dia empréstimos dessa ordem para a pochete financeira de Lelê, o grau de confiança no sistema financeiro eduardiano poderá refletir nas principais casas de cambio mundiais. Para tranqüilidade de todos o FT, Financial Times, jornal econômico londrino, observa que foi o boom do crédito que detonou a crise americana. Ufa! Que alívio, tô fora dessa melequeira toda! Amanhâ mesmo vou pagar a couve e o pão que Lelê comeu.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
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