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sábado, 16 de agosto de 2008

O que Lelê vê na TV

Não li o livro, mas li reportagem no jornal Folha de São Paulo. É o “A Tv que Seu Filho Vê” de Bia Rosemberg, diretora de programas infantis na Tv Cultura por 20 anos. Com essa larga experiência pode-se dizer que ela conhece do traçado. Título tão explícito leva-me a avaliar o que Lelê vê na tv. Nunca parei para saber com ar de preocupação o que Lelê vê na tv, e aí talvez eu esteja sendo relapso por não ter preocupado, então pergunto-me: o que Lelê vê na tv? Bia faz um resumo de seu livro em quatro sugestões e que eu vou tentar apresentar aqui em relação a Lelê.
A primeiro pergunta é: quanto tempo Lelê vê tv? Segundo o Ibope 4,5 horas por dia é o tempo que crianças de 4 a 11 anos assistem à TV no Brasil. Lelê, com 9 anos, não chega a ver esse tanto, afirmo categoricamente. Fazendo as contas, deixa eu ver... Meia hora do seriado Menino Maluquinho na Tv Brasil pela manhã – os programas são repetecos pela milésima vez e mesmo assim ela gosta de ver. E o que ela faz então pela manha? Ela gosta muito de rodar bicicleta, ir ao parquinho, ficar zanzando dentro de casa entretida com qualquer coisa; a tarde ela vai pra escola e fica zerada de tv. A noite vê a novela das nove, uma hora, e as vezes o Jornal Nacional comigo, e depois começa a ver qualquer coisa para adormecer. Somando daqui, diminuindo dali, cai um zero pixel no chão, acrescenta 525 linhas na parede, colore um desenho animado aqui com o controle remoto e o tempo ibopal chega numa média de umas duas horas e meia mais ou menos, acredito.
O segundo passo é saber como usar bem o televisor. A autora afirma que “é preciso selecionar a programação a que a criança tem acesso e orientá-la diante da TV”. Não selecionamos porque já sabemos o que Lelê vê; “que se veja TV com seu filho”. Não a acompanho na novela nem no Chaves; “que a tv deve estimular o diálogo em família, não substituí-lo”. Estamos tranqüilos quanto a isso. Sempre que necessário estamos conversando com ela, ou ela mesma nos perguntando sobre o que acaba de ver. Ela gosta muito de perguntar ; “ver TV em excesso pode prejudicar o rendimento escolar”. E a criança se torna bitolada.
O terceiro passo a autora sugere que façamos, durante uma semana, o registro dos horários em que assistimos à TV e quais os programas para sabermos quantas horas vemos TV e saber a quantidade de programas adultos vistos pela criança, e mais: se a TV foi ligada automaticamente ou com propósito específico e se a TV fica horas ligada sem que estejamos escolhendo uma programação. Confesso: nunca fizemos isso e acho muito difícil fazermos aqui em casa.
O quarto passo Bia Rosenberg sugere ensinar a criança a ver TV. Na faixa etária de 3 a 7 anos: fazer perguntas do tipo “por que você gosta desse programa?”. De 7 a 10 anos, faixa de Lelê, “ensinar a diferença entre ficção dos programas e realidade”. Se vermos os jornais praticamente não haverá essa distinção. “10 anos acima apontar estereótipos usados na tv”.

Um comentário:

Unknown disse...

O ''controle'' da Lelê se dá por conta da exígua quantidade de canais ofertados...Quero ver vocês com TV a Cabo, 100 canais ou mais...Mas não se preocupe: são pelo menos 3 canais de desenhos, e uns tantos de programação ''aborrescente''...