Certo dia desta semana estava eu indo para casa e ouvi no rádio do carro a informação de que o sol no dia seguinte nasceria às seis horas e vinte e dois minutos. “Puxa, vida, 6:22h!”, pensei impressionado com a precisão britânica – dizem que os britânicos são pontuais, num sei, tô só repetindo – da natureza. Eu, costumeiramente, acordo cedo e geralmente aprecio o nascer do Sol. Vejo o Sol surgindo por detrás das montanhas azuis, lá no fundo do baú de deus. Abre-se a tampa e ele aparece com seus raios jogando luz nos dorminhocos. Pois ontem à noite Lelê, dois pontos:
LL: Pai, me acorda amanhã cedo.
DD: Que horas?
LL: Na hora que você acordar.
DD: Mas eu acordo ás seis e pouco.
LL: Isso mesmo, essa é a hora que eu quero acordar.
DD: Mas pra que se amanhã você não tem Escola Parque!
LL: É porque eu quero ver o sol nascer.
DD: Acordar pra ver o sol nascer? Falei admirado.
LL: Sim, eu quero ver o sol nascer, porque é muito bonito.
DD: Tá bem, se eu acordar antes do sol acordar, eu te chamo.
Quando acordei hoje o sol já tinha batido o ponto e partido pro trabalho dele, dá uma voltinha no espaço. Não acordei Lelê, naturalmente, pois ela queria vê-lo nascer. Droga! Eu também queria ver o Sol nascer hoje para ver o nascer do olhar de Lelê com o olho solar. Lelê já me pediu bola, boneca, terno do Flu, caderno quadriculado, refri, pra levá-la no parque, pra comer pizza... Mas pra ver o Sol nascer foi muito legal. Provavelmente ela iria desfiar um rosário de perguntas: por quê o Sol nasce e morre, porque ele é quente, porque ele não pára, porque ele é branco numa hora, alaranjado em outra, se ele não se cansa de ficar só rodando, porque ele é ele e não ela, ou outras perguntas menos esperadas.
LL: Pai, me acorda amanhã cedo.
DD: Que horas?
LL: Na hora que você acordar.
DD: Mas eu acordo ás seis e pouco.
LL: Isso mesmo, essa é a hora que eu quero acordar.
DD: Mas pra que se amanhã você não tem Escola Parque!
LL: É porque eu quero ver o sol nascer.
DD: Acordar pra ver o sol nascer? Falei admirado.
LL: Sim, eu quero ver o sol nascer, porque é muito bonito.
DD: Tá bem, se eu acordar antes do sol acordar, eu te chamo.
Quando acordei hoje o sol já tinha batido o ponto e partido pro trabalho dele, dá uma voltinha no espaço. Não acordei Lelê, naturalmente, pois ela queria vê-lo nascer. Droga! Eu também queria ver o Sol nascer hoje para ver o nascer do olhar de Lelê com o olho solar. Lelê já me pediu bola, boneca, terno do Flu, caderno quadriculado, refri, pra levá-la no parque, pra comer pizza... Mas pra ver o Sol nascer foi muito legal. Provavelmente ela iria desfiar um rosário de perguntas: por quê o Sol nasce e morre, porque ele é quente, porque ele não pára, porque ele é branco numa hora, alaranjado em outra, se ele não se cansa de ficar só rodando, porque ele é ele e não ela, ou outras perguntas menos esperadas.
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