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domingo, 17 de agosto de 2008

Japon

Estávamos no Plano Piloto e na volta para casa passamos no Centro Cultural Banco do Brasil. Lá sempre tem uma exposição nova, um evento qualquer. Hoje tinha até uma banda de música, Rádio Casual, que, aliás, é um grupo, e faria um espetáculo multimídia. Mas não ficamos, ia demorar. Nosso interesse era a exposição “NIPPON – 100 anos de integração Brasil-Japão”. A japonesada inteira de Brasília estava em peso visitando a exposição. Vimos os quadros de Manabu Mabe e Tomi Ohtake e mais outros. Os traços bem no estilo da arte japonesa, aquelas pinceladas delicadas e atenciosas, um colorido apelativo para o encanto de nossa visão. Mas o que me chama a atenção pode não chamar a atenção nenhuma para outra pessoa. Foi isso que percebi em Lelê. Estava indiferente, não sei se era algo instantâneo, se o olhar infantil dela estava achando infantil o olhar criador dos artistas nipônicos, ao contrário do que vimos há dias atrás na exposição A Utopia da Modernidade. Pra não dizer que nada lhe chamou a atenção ela apreciou o que estava numa sala: painéis pendurados no teto em que uma luz projetada dum canhão no alto da parede provocava efeitos luminosos que se retorciam. Eu não sei nada do significado daquilo, se é que a arte tem algum significado estabelecido para o meu olhar e para o olhar de outrem. Observei Lelê fotografando tudo com seu olhar como se não estivesse captando nada. Para mim Tomi Ohtake e Manabu Mabe são Ohtake Mabe, mas para Lelê eles são Tomi e Manabu. É isso. O feio de Lelê para mim é bonito e versa o vice. Fiquei irritado comigo mesmo porque não trouxemos a máquina fotográfica para registrar esse evento.

Um comentário:

Unknown disse...

O que a Lelê quer do Japão é ler ''mangá'' e assistir Jaspion na TV...Quinta-feira voltei à Bienal do Livro. A única diferença foi que, desta vez, a imensa máquina das ''tias'' e colégios foi acionada, garantindo um público enorme- e bastante ruidoso!- para a festa dos livros. Só as pessoas mais velhas, dentre as quais inúmeros professores/as, carregavam sacolas com livros...PS: Depois eles vão encher a boca para dizer que 800 mil pessoas passaram por ali...Estou de saco-cheio destas Bienais...