Estávamos indo para aula do Kumon e dei carona para uma senhora e a deixei na parada de ônibus. A mulher agradeceu com um “Deus lhe pague” e lhe respondi com um “Amém”. Reação de Lelê:
Lelê: Mas pai.... Se você não reza por que disse ‘amém’ pra mulher?
Eu: Minha filha, nós devemos respeitar como as pessoas são. Se ela tem uma religião e me agradece dessa forma, com educação, posso perfeitamente retribuí-la com palavra que ela acha que é de sua religião sem que isso me perturbe pelo fato de eu não ter religião.
Lelê Mas você não reza, pai. Insistiu Lelê.
Eu: Minha querida, eu não rezo e isso não significa que eu seja uma pessoa que... Uma pessoa que... Como direi... Que apesar de não ter religião todos os deuses de todas as religiões me respeitam.
Lelê: Como assim?
Eu: O que o Deus de sua religião e os Deuses de todas as religiões querem? Eles querem que as pessoas sejam pessoas de bem, pessoas honestas, respeitadoras (já ia falar ‘éticas’ mas evitei a extensão da explicação), e eu acredito que eu sou uma dessas pessoas, mesmo não tendo religião nenhuma.
Como percebi que ela ficou um pouco calada, provavelmente processando minha fala para ver se encontrava um pé de apoio, continuei;
Eu: Religião, minha filha, se a gente não tem, isso não significa que a pessoa seja má, você sabe muito bem disso. Como você também deve saber que existe uma pá de gente que tem religião e são uns pulhas que religião nenhuma lhe dê jeito.
Fui tentando explicar de forma bem compreensível para Lelê que o respeito entre os ateus e os não ateus deve ser respeitoso, sem que isso seja motivo de desavença. O respeito, a não agressão – de qualquer forma – devem ser cultivadas. Tentei argumentar-lhe que o exemplo reina muito bem dentro de nossa casa. Eu não tenho religião e ela e Maurinete são católicas e nem por isso nos impede de convivência pacífica e harmoniosa.
Percebi que a cabeça dela estava a mil. Ela continuava calada. Calada em termos. Ela estava dialogando consigo mesma, conversando com seus botões e chegando a conclusões que poderiam nem ser possíveis para seu nível de compreensão para sua idade da razão. Mas isso não me preocupa, pois ela chegará por si a seu entendimento no dia-a-dia de suas atribulações.
Lelê: Mas pai.... Se você não reza por que disse ‘amém’ pra mulher?
Eu: Minha filha, nós devemos respeitar como as pessoas são. Se ela tem uma religião e me agradece dessa forma, com educação, posso perfeitamente retribuí-la com palavra que ela acha que é de sua religião sem que isso me perturbe pelo fato de eu não ter religião.
Lelê Mas você não reza, pai. Insistiu Lelê.
Eu: Minha querida, eu não rezo e isso não significa que eu seja uma pessoa que... Uma pessoa que... Como direi... Que apesar de não ter religião todos os deuses de todas as religiões me respeitam.
Lelê: Como assim?
Eu: O que o Deus de sua religião e os Deuses de todas as religiões querem? Eles querem que as pessoas sejam pessoas de bem, pessoas honestas, respeitadoras (já ia falar ‘éticas’ mas evitei a extensão da explicação), e eu acredito que eu sou uma dessas pessoas, mesmo não tendo religião nenhuma.
Como percebi que ela ficou um pouco calada, provavelmente processando minha fala para ver se encontrava um pé de apoio, continuei;
Eu: Religião, minha filha, se a gente não tem, isso não significa que a pessoa seja má, você sabe muito bem disso. Como você também deve saber que existe uma pá de gente que tem religião e são uns pulhas que religião nenhuma lhe dê jeito.
Fui tentando explicar de forma bem compreensível para Lelê que o respeito entre os ateus e os não ateus deve ser respeitoso, sem que isso seja motivo de desavença. O respeito, a não agressão – de qualquer forma – devem ser cultivadas. Tentei argumentar-lhe que o exemplo reina muito bem dentro de nossa casa. Eu não tenho religião e ela e Maurinete são católicas e nem por isso nos impede de convivência pacífica e harmoniosa.
Percebi que a cabeça dela estava a mil. Ela continuava calada. Calada em termos. Ela estava dialogando consigo mesma, conversando com seus botões e chegando a conclusões que poderiam nem ser possíveis para seu nível de compreensão para sua idade da razão. Mas isso não me preocupa, pois ela chegará por si a seu entendimento no dia-a-dia de suas atribulações.
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