Notícia do colégio de Lelê: Ela tem saído da sala de aulas e ido pra biblioteca, justamente na aula de matemática, segundo a coordenadora da escola. Estava se achando tranquila nessa matéria. Será? Logo matemática, o bicho papão da estudantada. Não se deve brincar com a matemática. É tanto que saiu o resultado do teste de matemática e ela se deu mau. Tirou uma nota bem vermelha. Nossa!
Com certeza eu também gostaria de ficar lendo na biblioteca e não estudando matemática. É lógico! Qual estudante, em sã consciência – se é que estudante tem consciência numa hora dessas – vai querer ficar com os olhos pregados na matamática? Sim, é isso mesmo que escrevi: matamática.
Ô Lelê, vamos primeiro aos compromissos. Porque senão vamos ter que repetir a série escolar no próximo ano. Então Maurinete foi lá na escola para tentar contornar a situação, mostrar-lhe a importância de estar presente em sala de aula, principalmente nas aulas de matemática.
Sexta-feira última tinha festa junina em meu trabalho, e já estava tudo certo pra Lelê estar lá. Ela só falava nisso durante a semana. Mas, como ela aprontou na escola resolvemos não levá-la a esta festa.
Ela ficou meio tristinha e, de última hora, resolvemos que ela iria. Tudo bem, mas a bronca foi dada. Rumo á festa junina! Iarrruuuuu!! Maurinete não foi.
Na festa, comer que é bom, ela não queria (poxa, vida, é dureza ser pai!). A guria só queria pipoca, refrigerante... Essas... Essas... Essas “comidas” que os pais não querem que as crianças só comam isso e que elas acham que a vitamina está só nessas comidas. Tô frito. Essa guria quer me testar. Com sacrifício ela ainda comeu umas carninhas, uma linguicinha (sem trema, de acordo com a nova reforma ottográfica), mas depois começou a enfiar o pé na jaca das pipocas. Também pudera, a gurizada lá presente só comia isso, como é que eu iria ter moral para barrá-la nas pipocias?
Minha conclusão foi a de que ali não era o ambiente para conscientizá-la da necessidade de se alimentar adequadamente. E nem eu tinha moral pra isso, porque não larguei meu copo de cerveja da mão. Anarriêê!!!
Comprei três cartelas de bingos – dois reais cada – pra cada prêmio oferecido: um dvd, uma bicicleta e uma televisão.
Lelê comendo pipoca, bebendo refri, eu bebendo cerveja e comendo bota-gosto, ou melhor, tira-gosto e chegou a hora do bingo. Do dvd, bulhufas, não ganhamos nada. Lelê é que marcava. Da televisão, nada. Tá cá gota! Da bicicleta, eu até saí, fui ao banheiro e dar umas voltas. Deixei Lelê marcando o bingo, e, quando volto, me falam: “tua filha ganhou a bicicleta!”. De fato, Lelê ganhou a bicicleta, das grandes.
Se tivéssemos deixado Lelê em casa, de castigo, não estaríamos agora com uma bicicleta novinha em folha. Quis o destino assim. Quem sabe o destino não vai ajudar Lelê a tirar uma boa nota em matemática também.
Com certeza eu também gostaria de ficar lendo na biblioteca e não estudando matemática. É lógico! Qual estudante, em sã consciência – se é que estudante tem consciência numa hora dessas – vai querer ficar com os olhos pregados na matamática? Sim, é isso mesmo que escrevi: matamática.
Ô Lelê, vamos primeiro aos compromissos. Porque senão vamos ter que repetir a série escolar no próximo ano. Então Maurinete foi lá na escola para tentar contornar a situação, mostrar-lhe a importância de estar presente em sala de aula, principalmente nas aulas de matemática.
Sexta-feira última tinha festa junina em meu trabalho, e já estava tudo certo pra Lelê estar lá. Ela só falava nisso durante a semana. Mas, como ela aprontou na escola resolvemos não levá-la a esta festa.
Ela ficou meio tristinha e, de última hora, resolvemos que ela iria. Tudo bem, mas a bronca foi dada. Rumo á festa junina! Iarrruuuuu!! Maurinete não foi.
Na festa, comer que é bom, ela não queria (poxa, vida, é dureza ser pai!). A guria só queria pipoca, refrigerante... Essas... Essas... Essas “comidas” que os pais não querem que as crianças só comam isso e que elas acham que a vitamina está só nessas comidas. Tô frito. Essa guria quer me testar. Com sacrifício ela ainda comeu umas carninhas, uma linguicinha (sem trema, de acordo com a nova reforma ottográfica), mas depois começou a enfiar o pé na jaca das pipocas. Também pudera, a gurizada lá presente só comia isso, como é que eu iria ter moral para barrá-la nas pipocias?
Minha conclusão foi a de que ali não era o ambiente para conscientizá-la da necessidade de se alimentar adequadamente. E nem eu tinha moral pra isso, porque não larguei meu copo de cerveja da mão. Anarriêê!!!
Comprei três cartelas de bingos – dois reais cada – pra cada prêmio oferecido: um dvd, uma bicicleta e uma televisão.
Lelê comendo pipoca, bebendo refri, eu bebendo cerveja e comendo bota-gosto, ou melhor, tira-gosto e chegou a hora do bingo. Do dvd, bulhufas, não ganhamos nada. Lelê é que marcava. Da televisão, nada. Tá cá gota! Da bicicleta, eu até saí, fui ao banheiro e dar umas voltas. Deixei Lelê marcando o bingo, e, quando volto, me falam: “tua filha ganhou a bicicleta!”. De fato, Lelê ganhou a bicicleta, das grandes.
Se tivéssemos deixado Lelê em casa, de castigo, não estaríamos agora com uma bicicleta novinha em folha. Quis o destino assim. Quem sabe o destino não vai ajudar Lelê a tirar uma boa nota em matemática também.
2 comentários:
Duda,
Gostei do novo instrumento pedagógico: apelar para o destino pra ver se ajuda na sorte dos mininus... vou tentar esse método também lá em casa porque os outros deixam a desejar.
Sim, mas não vamos desistir de apertar os instrumentos pedagógicos, não. Os "mininus" (gostei dessa)estão deixando de ser crianças e têm que ter responsabilidades com suas obrigações cotidianas.
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