Como muita escola pública a escola de Letícia pediu para que a gurizada levasse latinha de refrigerante pra eles venderem pra comprar computador... Ou seja, na ausência do Estado que se virem professores e alunos, etc. e tal. Mas o que quero falar mesmo é que, com as latinhas que Letícia consegue em casa, na casa da vó Bia e algumas que Maurinete traz do trabalho (tudo em nome da educação!), ela cuida das latinhas como se estivesse cuidando de algo importantíssimo. Ela lava latinha por latinha, bota pra secar, amassa, guarda numa sacola como se fossem objetos de muito zelo que só ela que pudesse tocá-los. Ai, ai, ai se eu mexo nas latinhas. Ontem ela levou garrafa pet que era pra fazer trabalho em sala de aula que a professora pediu. Trabalho artesanal. Vamos ver o resultado depois desse trabalho.
As sandálias de Letícia estavam jogadas no quarto dela e eu as chutei para um canto para ela levar para a sapateira:
Lelê: Pai, não chuta as sandálias!
Eu: Por que?
Lelê: Porque elas tem vida, elas sentem.
Eu: Ah, é?Lelê: Tudo tem vida, tudo! Até o cocô tem vida.
As sandálias de Letícia estavam jogadas no quarto dela e eu as chutei para um canto para ela levar para a sapateira:
Lelê: Pai, não chuta as sandálias!
Eu: Por que?
Lelê: Porque elas tem vida, elas sentem.
Eu: Ah, é?Lelê: Tudo tem vida, tudo! Até o cocô tem vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário