Da janela de casa fico observando. Lelê e seus colegas brincando na rua e, em frente da casa de um deles, a brincadeira consistia em colocar galhos secos, que estavam jogados numa calçada, no meio do asfalto para os carros quando passarem esmagá-los e eles ouvirem o crék dos pneus sobre os gravetos. Ao apontar um carro no início da rua a turma corria e se escondia subindo em árvores, por trás de carros, em locas de muros para não serem flagrados como mal feitores. Parece que as brincadeiras mais arriscadas – se bem que não vi nada arriscado nisso – é que dá prazer no divertimento. Andar de bicicleta, de skate ladeira abaixo não é tão emocionante quanto escapar de uma provável bronca de motoristas. A adrenalina está não na queda de bicicleta, nos escorregão do skate, mas na bronca de alguém, ver alguém irritado, se sentir ameaçado. Pelo que observei a brincadeira certinha, a brincadeira educada, a brincadeira polida está nos brinquedos dos shoppings com suas etiquetas vistosas para todos, a própria vitrine do consumismo comportado.
Mais tarde ela chegou para tomar banho, jantar e ir dormir, mas logo depois ela voltou para brincar mais um pouquinho e aí Maurinete já começou a se preocupar e a chamou pra casa. Não tem jeito, brincar na rua é um milhão de vezes mais gostoso do que estudar, ver televisão e se conectar na internet. Quando ela deitou na cama para dormir não deu nem tempo de falar um boa noite. Desmaiou!
Mais tarde ela chegou para tomar banho, jantar e ir dormir, mas logo depois ela voltou para brincar mais um pouquinho e aí Maurinete já começou a se preocupar e a chamou pra casa. Não tem jeito, brincar na rua é um milhão de vezes mais gostoso do que estudar, ver televisão e se conectar na internet. Quando ela deitou na cama para dormir não deu nem tempo de falar um boa noite. Desmaiou!
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