Estava eu conversando com
dois colegas sobre nossos filhos. Um, que tem uma filha de 12 anos, disse que
essa semana se sentiu bastante orgulhoso com sua pequenucha. É que ela foi a
uma festinha na casa de coleguinhas, à noite, e chegou em casa lá pra meia
noite. Quando ela chegou em casa, botou os pés no portão, e ele já estava de pé
para abri-lo. A saída noturna da filha,
a sua volta, seu principio de independência em sair pra festas sem a presença
dos pais, isso lhe deixou orgulhoso. Disse ele. No entanto, confessou que sua
cabeça estava a mil, só pensando nos cuidados com ela. Ela estaria bem? Não
haveria perigo em sua volta tarde para casa? Provocado por mim, se ele também
não ficou preocupado em provável conquista de namoro por algum amiguinho, um
beijo mal intencionado de algum amiguinho mais velho do que ela... Aí ele se
revelou o pai preocupado em pessoa. Respondeu ele: “Ah, claro, não parei de
pensar nos possíveis ataques de algum taradinho precoce em minha filha. Sei lá
se esse sujeitinho não estaria pensando em dá um abraço pra lá de intenções
disfarçadas; Sei lá se esses “filhos de uma mãe“ já não estão pensando em sexo
com minha filha!”. Diante de nosso riso ele foi mais fundo: “Vocês sabem, nós
pais pensamos em muita besteira que pode acontecer com nossas filhas nessas
festinhas. Se eu pego um guri desses encostando a mão boba em minha filha, ele
ia ver o que iria acontecer!”.
Já o outro amigo meu, não tem filhas. Apenas filhos. E a
discussão girou em torno da tranquilidade dele, em não se preocupar com filha, que
é menos. Com filho, parece, como já é de costume, os cuidados são menos. É
exatamente ao contrário. O pai acha que o filho tem menos problemas e ele, o
filho, é um verdadeiro atacante de meninas. Que se cuide elas! Numa rápida
leitura de panorama comportamental, os pais que tem filhos, geralmente, acham
natural que os filhos durmam nas casas das namoradas, e o inverso é um ‘deus
nos acuda’. “Ah, será que minha filha vai transar e vai engravidar!”, “Ah, a
minha filha não será mais virgem e só vai pensar em sexo e vai esquecer os
estudos escolares...!” ‘Ah, isso e mais aquilo!...”.
Lelê ainda está na fase coletiva, ou seja, sai com a
galera para festas em apartamentos e casas. Como que eu vou me comportar quando
ela estiver na fase individual, ou seja, o namorado vindo pegá-la em casa para
ir para a nigth? Acredito que com o comportamento de preocupação com sua
segurança, devido ao quadro de violência da cidade que gera apreensão em
qualquer pai em sintonia com seus filhos. Quanto as relações de namoro,
acredito que não vou meter o bedelho, porque isso é um processo natural e
inevitável de relação pessoal que desembocará no seu cotidiano. Não adiante
perder os cabelos com um tipo de preocupação que alcançará a naturalidade das
relações da juventude. Minha vantagem é que nem cabelo tenho. Evidentemente
que, se houver algum exagero que afete a sua vida, estarei de prontidão para aparar as arestas.
Depois voltarei a esse assunto.
E sua agenda de festinhas tem tido acréscimo nos últimos
tempos.
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