20.04.08 – Domingo.
Trindade
Saímos daqui de casa para Trindade-GO às 06:40 para pegarmos a missa das 10:00. Chegamos faltando vinte minutos para o início da missa. Quando saímos Letícia tava meio emburrada não sei porque. Não sei se era o sono de uma noite pouco dormida, mas um pouco mais tarde, pronto, ela começou a se saltar, e aí ela ligou o rádio e não parou mais. Canta, pergunta em demasia, brinca com a avó, comenta, critica. A pilha não acaba de jeito nenhum, melhor dizendo, a bateria.
Elas (Maurinete, Letícia, Ophelina e Dê) assistiram a missa e depois Letícia encrespou que queria almoçar, atrapalhando nossos planos de almoçarmos num restaurante recomendado perto de Anápolis. Tudo bem, demos almoço pra ela em Trindade e fomos almoçar no que a beira da estrada.
Letícia, no carro, narrou nossa viagem em forma de música – esquecemos de trazer os cds em casa. Ela tava doida pra ouvir o cd de Roberto Carlos anos 60, principalmente a música Amapola. Cantou Lelê: “Ophelina estava com preguiça pra viagem mas soube que tinha lingüiça e veio...”. Todos ríamos. Tiramos fotos, visitamos a sala dos milagres com milhares de fotos e muitos objetos que retribuíam promessas, fomos a fonte que fica ao lado da igreja...
Como acordamos cedo, Letícia e Maurinete já estavam dormindo às vinte e duas horas.
21.04.08 - Segunda-feira
Rebeldes ou Flu?
Tomamos café nós três na mesinha da cozinha. Hoje é o show dos Rebeldes, estamos preocupados porque o show será com uma multidão na esplanada. A previsão é de que participe das festas do aniversário de Brasília, na Esplanada, mais de um milhão de pessoas. Pensando no agito infernal que será essa festa Maurinete fez a proposta pra Letícia: não ir ao show e ganhar uma bola do Fluminense. Ela ficou balançada pois já assistiu dois shows dessa banda aqui em Brasília e o Flu é o seu time de coração. O tempo foi passando, a hora de ir pro show se aproximando e ela na maior dúvida. Eu e Maurinete torcendo pra que ela decidisse pela bola. Por fim resolveu não ir e ficamos todos contentes.
No início da noite, depois que dei uma cochilada na tarde, fomos ver o filme Polyana, deitados em colchões no home. Essa já deve ser bem a sexta ou mais vezes que Letícia já viu, isto é, as vezes que eu contei.
22.04.08 – Terça-feira
Feriado
Glória das glórias para Lelê. Hoje não tem aula, as escolas do GDF emendaram o feriadão com as chamadas reuniões técnicas logo após um feriadão. Devido a construção da piscina não dá pra gente ir lá pra fora brincar de bola e nem de bicicleta. Ela adora jogar bola e eu também. Temos que aguardar o fim da obra para retornarmos às peladas. Tive que sair pra fazer umas compras da construção e Lelê não quis ir comigo, ficou vendo desenho animado, uma de suas grandes paixões como toda criança. Já lhe falei que podia ficar lendo o livro de Monteiro Lobato, mas ela só que ler com a minha presença ou a de Maurinete.
Ah, como hoje a tarde ela estará em casa, ela já falou várias vezes que quer ver Malhação, a novela (ou seria seriado?) pra adolescentes da Globo.
Quando Maurinete chegou a noite ela já estava dormindo.
23.04.08 - Quarta-feira
Pijama
Estava eu tomando café da manhã quando Letícia apareceu na cozinha com cara de quem saiu de um gostoso sono.
Eu: Bom dia, filhinha.
Lelê: Bom dia.
Eu: Peraí, chegue aqui pr’eu ver se você está com febre.
Lelê: Por quê?
Eu: Porque você já está sem o pijama, não foi preciso pedir pra trocá-lo por short e blusa pra você se lambuzar pela casa.
Lelê falou que hoje a turma dela ficou sem recreio porque uns engraçadinhos quebraram a porta da sala de aula. Não se sabe como e quem foi o moleque. Me pediu R$ 10,00 pra pagar a caixinha da escola, e fez um discurso dizendo da importância dessa contribuição pra escola, que serve até pra comprar comida pros alunos da escola. Disse que não dava pra escola ficar só esperando dinheiro do governo.
Ajudei-a resolver algumas questões dos exercícios da escola e depois ela foi ver novela, brincar e deixou a televisão ligada no jogo Criciúma e Vasco. Iria torcer pelo Vasco, meu time.
Chegou hoje da escola já falando que tirou 70 em português e 55 em matemática nas provas. Ligou pra Maurinete pra avisar. Falei que matemática ela tá maus, isso é nota pra passar se arrastando, deveria estudar mais.
24.04.08 – Quinta-feira.
Autobiografia
Lelê: Pai, eu pareço com japonesa?
Eu: Não, por que?
Lelê: Porque a professora falou que eu pareço, que eu tinha os olhos puxados como uma já-
ponesa. Você acha?
Eu: Não, não acho.
Hoje ela não foi à psicopedagoga, se fazia necessária a presença só minha e de Maurinete. A psicopedagoga chamou-nos pra dar um balanço do que ela tem observado de Letícia. Foi uma conversa boa.
O episódio de hoje do Menino Muito Maluquinho foi sobre a tarefa de casa que a professora passou pros alunos fazer: suas autobiografias. Letícia comentou que se a professora dela passasse esse trabalho pra turma dela eles iriam entrar em pânico.
Eu: Que nada, filhinha, ia ser muito legal. Aliás, você deveria fazer sua autobiografia sem a professora pedir. Você chegaria em sua escola já com ela pronta e mostraria à professora.
O menino maluquinho procura todos seus brinquedos e objetos pessoais pra tentar achar a origem desse nome ‘menino maluquinho’.
Eu: Tá vendo, Letícia, não devemos jogar nada de seus brinquedos e objetos que poderão lhe servir no futuro pra contar a história de sua vida. Fiz esse comentário porque ela tem a mania de querer rasgar seus cadernos escolares de anos anteriores e jogar no lixo alguns objetos ou brinquedos que ela use.
25.08.04 – Sexta-feira
Ambulância.
A guria antes de entrar na van escolar já deixou sua roupa de usar a noite na casa de vó Bia. Depois que eu a busco na escola, às sexta-feiras, e depois que compramos esfirras ou comemos churrasco no Bar do Júnior, vamos pra casa de minha mãe e lá ela toma banho e se arruma que é pra quando chegarmos em casa ela não ter mais o trabalho de tomar banho, isto porque geralmente na vinda ela adormece no banco traseiro do carro e aí não terá mais o chororô de ter que tomar banho já tarde da noite, por volta das vinte e três horas. Pois bem, hoje não fomos pra vó Bia porque tivemos que prestar socorro à vó Felina que não estava passando bem e tivemos que ir na casa de Dê pra pegá-la e levar no hospital. Ela tava sentindo umas dores no peito, no ombro, etc. Em síntese: fomos ao hospital da Câmara e de lá, depois de todos os exames feitos, o médico achou que Felina teria que ir pro Hospital de Base, e pra isso teria que ir de ambulância. Felina tava legal, andando normalmente, perfeitamente lúcida, mas o zelo do médico achou que ela tinha que ir e ia de ambulância, repito. Letícia ficou toda agitada porque queria ir também na ambulância, era o bicho ter que andar de ambulância pra ela. Ela foi e cumpriu sua aventura de andar numa ambulância, mas eu sei que sua frustração é que a sirene não foi ligada e nem o carro estava correndo cortando o trânsito, graças a Deus pra todos nós e pra ela a frustração infantil de não contar pros coleguinhas de uma aventura completa.
26.04.08 – Sábado
Catequese
Lelê começou hoje a fazer catequese. O legal é que é aqui mesmo no condomínio. De nove e trinta às onze e trinta. Eu e Maurinete fomos deixá-la e ela estava apreensiva, nervosa, me perguntando se ia ser legal e eu falando o tempo todo que ia “ser fera”. Me perguntava se eu fiz catequese e se foi bom, quando eu era criança. Expliquei que fui a umas pouquíssimas reuniões mas lembro que eu gostei muito porque quando chegava lá a gente ia brincar, jogar bola. Lelê levou um caderno e a Bíblia ilustrada Infantil – 177 páginas - que ela já leu toda. Até parecia que ela estava indo para aula da escola.
Onze e trinta estava eu lá para pega-la.
Eu: E aí, foi legal?
Lelê: Foi. Tinha umas músicas bem engraçadas.
Eu: Tinha muita gente?
Lelê: Uns dez. Eu já sei o nome de quase todos eles.
Eu: Bom. E qual o nome deles?
Lelê: É... (falou os nomes de quase todos). A noite comemos pizza que Maurinete comprou na rua. Ela adora a de calabresa.
Trindade
Saímos daqui de casa para Trindade-GO às 06:40 para pegarmos a missa das 10:00. Chegamos faltando vinte minutos para o início da missa. Quando saímos Letícia tava meio emburrada não sei porque. Não sei se era o sono de uma noite pouco dormida, mas um pouco mais tarde, pronto, ela começou a se saltar, e aí ela ligou o rádio e não parou mais. Canta, pergunta em demasia, brinca com a avó, comenta, critica. A pilha não acaba de jeito nenhum, melhor dizendo, a bateria.
Elas (Maurinete, Letícia, Ophelina e Dê) assistiram a missa e depois Letícia encrespou que queria almoçar, atrapalhando nossos planos de almoçarmos num restaurante recomendado perto de Anápolis. Tudo bem, demos almoço pra ela em Trindade e fomos almoçar no que a beira da estrada.
Letícia, no carro, narrou nossa viagem em forma de música – esquecemos de trazer os cds em casa. Ela tava doida pra ouvir o cd de Roberto Carlos anos 60, principalmente a música Amapola. Cantou Lelê: “Ophelina estava com preguiça pra viagem mas soube que tinha lingüiça e veio...”. Todos ríamos. Tiramos fotos, visitamos a sala dos milagres com milhares de fotos e muitos objetos que retribuíam promessas, fomos a fonte que fica ao lado da igreja...
Como acordamos cedo, Letícia e Maurinete já estavam dormindo às vinte e duas horas.
21.04.08 - Segunda-feira
Rebeldes ou Flu?
Tomamos café nós três na mesinha da cozinha. Hoje é o show dos Rebeldes, estamos preocupados porque o show será com uma multidão na esplanada. A previsão é de que participe das festas do aniversário de Brasília, na Esplanada, mais de um milhão de pessoas. Pensando no agito infernal que será essa festa Maurinete fez a proposta pra Letícia: não ir ao show e ganhar uma bola do Fluminense. Ela ficou balançada pois já assistiu dois shows dessa banda aqui em Brasília e o Flu é o seu time de coração. O tempo foi passando, a hora de ir pro show se aproximando e ela na maior dúvida. Eu e Maurinete torcendo pra que ela decidisse pela bola. Por fim resolveu não ir e ficamos todos contentes.
No início da noite, depois que dei uma cochilada na tarde, fomos ver o filme Polyana, deitados em colchões no home. Essa já deve ser bem a sexta ou mais vezes que Letícia já viu, isto é, as vezes que eu contei.
22.04.08 – Terça-feira
Feriado
Glória das glórias para Lelê. Hoje não tem aula, as escolas do GDF emendaram o feriadão com as chamadas reuniões técnicas logo após um feriadão. Devido a construção da piscina não dá pra gente ir lá pra fora brincar de bola e nem de bicicleta. Ela adora jogar bola e eu também. Temos que aguardar o fim da obra para retornarmos às peladas. Tive que sair pra fazer umas compras da construção e Lelê não quis ir comigo, ficou vendo desenho animado, uma de suas grandes paixões como toda criança. Já lhe falei que podia ficar lendo o livro de Monteiro Lobato, mas ela só que ler com a minha presença ou a de Maurinete.
Ah, como hoje a tarde ela estará em casa, ela já falou várias vezes que quer ver Malhação, a novela (ou seria seriado?) pra adolescentes da Globo.
Quando Maurinete chegou a noite ela já estava dormindo.
23.04.08 - Quarta-feira
Pijama
Estava eu tomando café da manhã quando Letícia apareceu na cozinha com cara de quem saiu de um gostoso sono.
Eu: Bom dia, filhinha.
Lelê: Bom dia.
Eu: Peraí, chegue aqui pr’eu ver se você está com febre.
Lelê: Por quê?
Eu: Porque você já está sem o pijama, não foi preciso pedir pra trocá-lo por short e blusa pra você se lambuzar pela casa.
Lelê falou que hoje a turma dela ficou sem recreio porque uns engraçadinhos quebraram a porta da sala de aula. Não se sabe como e quem foi o moleque. Me pediu R$ 10,00 pra pagar a caixinha da escola, e fez um discurso dizendo da importância dessa contribuição pra escola, que serve até pra comprar comida pros alunos da escola. Disse que não dava pra escola ficar só esperando dinheiro do governo.
Ajudei-a resolver algumas questões dos exercícios da escola e depois ela foi ver novela, brincar e deixou a televisão ligada no jogo Criciúma e Vasco. Iria torcer pelo Vasco, meu time.
Chegou hoje da escola já falando que tirou 70 em português e 55 em matemática nas provas. Ligou pra Maurinete pra avisar. Falei que matemática ela tá maus, isso é nota pra passar se arrastando, deveria estudar mais.
24.04.08 – Quinta-feira.
Autobiografia
Lelê: Pai, eu pareço com japonesa?
Eu: Não, por que?
Lelê: Porque a professora falou que eu pareço, que eu tinha os olhos puxados como uma já-
ponesa. Você acha?
Eu: Não, não acho.
Hoje ela não foi à psicopedagoga, se fazia necessária a presença só minha e de Maurinete. A psicopedagoga chamou-nos pra dar um balanço do que ela tem observado de Letícia. Foi uma conversa boa.
O episódio de hoje do Menino Muito Maluquinho foi sobre a tarefa de casa que a professora passou pros alunos fazer: suas autobiografias. Letícia comentou que se a professora dela passasse esse trabalho pra turma dela eles iriam entrar em pânico.
Eu: Que nada, filhinha, ia ser muito legal. Aliás, você deveria fazer sua autobiografia sem a professora pedir. Você chegaria em sua escola já com ela pronta e mostraria à professora.
O menino maluquinho procura todos seus brinquedos e objetos pessoais pra tentar achar a origem desse nome ‘menino maluquinho’.
Eu: Tá vendo, Letícia, não devemos jogar nada de seus brinquedos e objetos que poderão lhe servir no futuro pra contar a história de sua vida. Fiz esse comentário porque ela tem a mania de querer rasgar seus cadernos escolares de anos anteriores e jogar no lixo alguns objetos ou brinquedos que ela use.
25.08.04 – Sexta-feira
Ambulância.
A guria antes de entrar na van escolar já deixou sua roupa de usar a noite na casa de vó Bia. Depois que eu a busco na escola, às sexta-feiras, e depois que compramos esfirras ou comemos churrasco no Bar do Júnior, vamos pra casa de minha mãe e lá ela toma banho e se arruma que é pra quando chegarmos em casa ela não ter mais o trabalho de tomar banho, isto porque geralmente na vinda ela adormece no banco traseiro do carro e aí não terá mais o chororô de ter que tomar banho já tarde da noite, por volta das vinte e três horas. Pois bem, hoje não fomos pra vó Bia porque tivemos que prestar socorro à vó Felina que não estava passando bem e tivemos que ir na casa de Dê pra pegá-la e levar no hospital. Ela tava sentindo umas dores no peito, no ombro, etc. Em síntese: fomos ao hospital da Câmara e de lá, depois de todos os exames feitos, o médico achou que Felina teria que ir pro Hospital de Base, e pra isso teria que ir de ambulância. Felina tava legal, andando normalmente, perfeitamente lúcida, mas o zelo do médico achou que ela tinha que ir e ia de ambulância, repito. Letícia ficou toda agitada porque queria ir também na ambulância, era o bicho ter que andar de ambulância pra ela. Ela foi e cumpriu sua aventura de andar numa ambulância, mas eu sei que sua frustração é que a sirene não foi ligada e nem o carro estava correndo cortando o trânsito, graças a Deus pra todos nós e pra ela a frustração infantil de não contar pros coleguinhas de uma aventura completa.
26.04.08 – Sábado
Catequese
Lelê começou hoje a fazer catequese. O legal é que é aqui mesmo no condomínio. De nove e trinta às onze e trinta. Eu e Maurinete fomos deixá-la e ela estava apreensiva, nervosa, me perguntando se ia ser legal e eu falando o tempo todo que ia “ser fera”. Me perguntava se eu fiz catequese e se foi bom, quando eu era criança. Expliquei que fui a umas pouquíssimas reuniões mas lembro que eu gostei muito porque quando chegava lá a gente ia brincar, jogar bola. Lelê levou um caderno e a Bíblia ilustrada Infantil – 177 páginas - que ela já leu toda. Até parecia que ela estava indo para aula da escola.
Onze e trinta estava eu lá para pega-la.
Eu: E aí, foi legal?
Lelê: Foi. Tinha umas músicas bem engraçadas.
Eu: Tinha muita gente?
Lelê: Uns dez. Eu já sei o nome de quase todos eles.
Eu: Bom. E qual o nome deles?
Lelê: É... (falou os nomes de quase todos). A noite comemos pizza que Maurinete comprou na rua. Ela adora a de calabresa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário