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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Presentes

Letícia já está me lembrando que daqui a um mês e trinta e um dias será o aniversário dela. Essa lembrança com bastante antecedência tem o cheque da cobrança de qual presente ela irá ganhar. Isto porque ontem ganhei de presente, pela passagem do dia dos pais, um presente dela e Maurinete. O presente foi o volume três da coleção ‘O Pasquim: antologia, volume III, 1973-1974’. Os outros dois volumes eu já tinha. Elas já sabem que quando se trata de presente, comigo não tem problema. É só descobrir o livro que eu estou querendo comprar e pronto, a questão está resolvida.
Já Letícia, por onde ela passa e tem alguma coisa que lhe interessa ela já vai logo falando: “ah, eu quero ganhar isso no meu aniversário; ah, eu quero ganhar aquilo no meu aniversário...” É um patinete, é um boneco do Fluminense que ela viu não sei onde, é um brinquedo qualquer que lhe cause atenção, etc. Eu vou só falando um “um rum! Um rum!”. Nesse rumo ela teria que ganhar uma brinquedoteca e a coisa num tá pra brincadeira não.
Criança quer tudo que vê pela frente de brinquedo e objeto de atenção a seus olhos. E as lojas sabem que o bom consumidor começa desde pequeno e por isso faz apelo em suas vitrines. Cuidemos nós pais para darmos um alinhamento nesses desejos desenfreados, porque senão essa gurizada será consumidora compulsiva no futuro.

domingo, 9 de agosto de 2009

Temos que morrer?


Estávamos dentro do carro indo para a apresentação do teatro de bonecos do SESI ao lado da Biblioteca Nacional e do Museu da República.
LL: Pai, quando seu pai morreu você chorou?
Dudu: Sim, chorei.
LL: É verdade, mãe?
Mauri: Não sei, não me lembro.
LL: Mãe, por que é que morremos?
Mauri: Ora, minha filha, é porque... Se até o filho de Deus morreu por que não nós?
LL: É, mas ele ressuscitou.
Mauri: Mas se não morrêssemos o mundo estaria super povoado.
LL: Mas a gente não devia morrer, ora bolas.
Como num passo de mágica Lelê já passou para outro assunto muito distante de morte – “Pô, mãe, esse livro é muito fera!”- Ela está lendo o livro ‘Marcha soldado cabeça de Miguel’ de Rita Espeschit para um trabalho da escola.
Não sei se ela aceitou as explicações de Maurinete mas deixou registrado seu inconformismo por termos que morrer.